Céu de Espelhos une Beatles e Lewis Carrol

Atualizado em: 28 de fevereiro de 2018

 

Os bailarinos Samuel Kavalerski e Simone Camargo apresentam em Ubatuba espetáculo contemplado pelo edital O Boticário na Dança

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Com entrada gratuita, o trabalho será apresentado no Teatro Municipal de Ubatuba, nos dias 02 e 03 e março,

sexta e sábado, às 21h. O projeto também prevê uma oficina de balé clássico para bailarinos locais

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Foto: Divulgação

Depois de atuarem em importantes companhias nacionais, como São Paulo Companhia de Dança, Balé da Cidade de São Paulo, Balé do Teatro Guaíra e Quasar Cia de Dança, os bailarinos Samuel Kavalerski e Simone Carmargo encontram-se nesse projeto, dirigido por Samuel Kavalerski, contemplado pelo edital O Boticário na Dança, que traz como referências a psicodélica canção Lucy in the Sky with Diamonds, dos Beatles, e os livros Alice no País das Maravilhas (1865) e Através do Espelho (1871), de Lewis Carroll.

 

As apresentações acontecem nos dias 02 e 03 de março (sexta e sábado), às 21h, no Teatro Municipal de Ubatuba. No dia 03, Simone Camargo também dará a oficina de balé clássico para os bailarinos da cidade. Todas as atividades são gratuitas.

 

Céu de Espelhos, criação e influências

 

Com criação de Irupé Sarmiento e Samuel Kavalerski, Céu de Espelhos*, inspirada pelos Beatles e por Lewis Carroll, une personagens oníricos do livro às imagens nonsense da música. Assim, o jogo de reflexos entre Alice e Lucy é o detonador que promove uma série de cruzamentos entre os universos desses dois artistas britânicos. Um jogo que, como um caleidoscópio, recorta fragmentos desse imaginário e os combina, gerando estímulos para a composição de movimentos, imagens, jogos, improvisos e  sonoridades.

 

A coreografia absorve também a influência do movimento surrealista que, a partir da década de 1920, propõe uma outra forma de perceber a realidade. É uma criação que se comunica com um outro olhar, capaz de atravessar espelhos e ultrapassar os limites mecânicos e utilitaristas da vida contemporânea.

 

“A psicodelia e a surrealidade, presentes de diferentes formas na música de John Lennon e na literatura de Carroll, aparecem nesse projeto como uma ponte para acessar temas pertinentes aos dias atuais. Esse universo, que valoriza a liberdade, a imaginação e o campo onírico do inconsciente, se apresenta como um caminho oportuno na conjuntura de incertezas atuais”, diz o diretor do projeto e bailarino Samuel Kavalerski.

A coreografia conta ainda com figurinos de Antonio Bizarro, produção musical de Fernando Martins e a participação especial do músico Thiago Pethit na trilha.

*Céu de Espelhos também foi vencedor do edital para criação do 20° Cultura Inglesa Festival, em 2016.

 

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SERVIÇO: Céu de Espelhos, direção de Samuel Kavalerski. Interpretação, Simone Camargo e Samuel Kavalerski. Teatro Municipal de Ubatuba – Praça Exaltação à Santa Cruz, 22, Centro, dias 02 e 03 de março (sexta e sábado) | 21h | 75 min. | Livre | Gratuito | Ingressos distribuídos na bilheteria do Teatro.

 

Nesta oficina, a aula tem a estrutura da técnica do balé clássico permeada por conceitos de dança contemporânea. Serão desenvolvidos exercícios à barra e ao centro, a partir do estudo de sequências e exploração de qualidades de movimento. Também serão abordados conceitos importantes como a relação da música com o movimento, as sensações físicas que podem gerar diferentes dinâmicas, o posicionamento do corpo no espaço, a consciência das direções e do alinhamento corporal.

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Samuel Kavalerski

É bailarino, coreógrafo e artista visual. Entre 2015 e 2017 foi professor, coreógrafo e ensaiador do Corpo Jovem da Escola de Dança do Theatro Municipal de São Paulo. Em 2017, participou do espetáculo teatral Tchekhov é um Cogumelo, de André Guerreiro Lopes com a Cia Lusco Fusco. Em 2016, dirigiu Céu de Espelhos, projeto vencedor do 20° Cultura Inglesa Festival, dividindo a criação e a cena com Irupé Sarmiento. O espetáculo lhes rendeu uma indicação ao prêmio de melhor interpretação da APCA. De 2013 a 2015, foi assistente de direção e ensaios do Projeto Mov_olA, do coreógrafo Alex Soares. Tem atuado como professor convidado de dança clássica em companhias como a Cia Fragmento, a Cia Divinadança, o Balé da Cidade de São Paulo e o Balé Guaíra. Foi solista da São Paulo Cia. de Dança, sob direção de Iracity Cardoso e Inês Bogéa, desde a sua fundação, em 2008, até 2013. Lá dançou obras como Serenade (George Balanchine – 2009), Gnawa (Nacho Duato – 2009), Sechs Tänze (Jirí Kylián – 2010), e Bachiana N°.1 (Rodrigo Pederneiras – 2012). De 2010 a 2013, fez parte do Conselho de Administração da Associação Pró-Dança, que administra a Companhia. Entre 2005 e 2008, integrou o elenco da Quasar Cia de Dança, de Goiânia, atuando em obras como Só tinha de ser com vocêCoreografia para ouvir e Divíduo, do coreógrafo residente Henrique Rodovalho. Entre 1999 e 2005, no Balé Teatro Guaíra de Curitiba, sob direção de Suzana Braga, dançou obras como O Grande Circo Místico (Luiz Arrieta – 2002), O Segundo Sopro (Roseli Rodrigues), Treze Gestos de um Corpo (Olga Roriz), Exultate Jubilate (Vasco Wellenkamp) e Prelúdios (Rodrigo Pederneiras).

 

A partir de 2010 começa a desenvolver trabalhos coreográficos no Programa de Desenvolviemento de Habilidades da São Paulo Cia de Dança. Coreografou o clipe Pas de Deux, do cantor Thiago Pethit, produzindo pela Paranoid e dirigido por Vera Egito e Renata Chebel, e o I Ateliê Internacional da São Paulo Cia de Dança, em 2014.

 

Graduado em Artes Visuais com Ênfase em Computação, pela Univeridade Tuiuti do Paraná, em 2005, tem desenvolvido trabalhos relacionando a dança com a linguagem de internet. Seu Projet Pas de Danse, participou de eventos como a exposição CorpoInstalação no SESC Pompéia (2009), do Café Tecnológico no SESC Belenzinho (2012), além da CLIF – Curitiba Luz Imagem Fotografia (2013). Suas animações interativas fizeram parte do programa “Artes Visuais”, da SESCTV, produzido pela Documenta Vídeo Brasil.

 

Simone Camargo

É bailarina, coreógrafa, professora e curadora. Atua como bailarina-intérprete em companhias públicas e privadas. É pós-graduada em Gestão Cultural pelo Senac-SP e em Dança pela Universidade Paris 8-França, em 2014, com o trabalho The Dance à Synchronous Objects: Du graphique dans l’objet chorégraphique (The Dance em Synchronous Objects: Sobre o gráfico no objeto coreográfico. Análise de estruturas coreográficas do trabalho de William Forsythe em relação a elementos gráficos do projeto digital de dança e novas tecnologias intitulado Synchronous Objects).

 

Em 2017, foi bailarna-intérprete da Plataforma Shop Sui, colaborando nos processos de pesquisa de linguagem Brain Diving, sob a direção de Fernando Martins, e de criação do espetáculo A Máquina da Amnésia, contemplado no 20º Edital do Programa Municipal de Fomento à Dança de São Paulo.

 

Em 2011 e entre 2013 e 2016, foi bailarina do Balé da Cidade de São Paulo interpretando obras de coreógrafos como Alex Soares, André Mesquita, Itzik Galili, Marisa Bucoff, Mauro Bigonzetti, Oscar Arraiz, Stefano Poda e Victor Navarro. Com a mesma companhia, participou de turnês pela Alemanha, Luxemburgo, Holanda, Espanha e Uruguai.

 

Em 2012, participou do musical New York, New York, dirigido por José Possi Neto. No mesmo ano, foi bailarina intérprete-criadora do espetáculo Kikar, sob a direção de Nir de Volff. Produção do Sesc Pinheiros, em parceria com o Centro da Cultura Judaica e o Instituto Goethe. Em 2010, participa como bailarina intérprete-criadora de Emoções Baratas, teatro musical dirigido por José Possi Neto.

 

Entre 2007 e 2010, foi bailarina-intérprete da Quasar Cia de Dança, sob direção do coreógrafo Henrique Rodovalho. Foi bailarina do Balé Teatro Guaíra entre 2000 e 2007 e dançou obras de Ana Vitória, Carla Heinecke, Dani Lima, David Zambrano, Felix Landerer, Henrique Rodovalho, Luis Arrieta, Luiz Fernando Bongiovanni, Milko Sparemblek, Roseli Rodrigues e Vasco Wellenkamp.

 

Como coreógrafa criou Certas Distâncias, em 2014, para o Dançographismus I: Workshop Coreográfico do Balé da Cidade de São Paulo. Em 2012, para Cia de Dança de Ourinhos, criou Esta Pele, para a abertura do Festival Dança Ourinhos 2012, com assistência coreográfica de Henrique Lima. Para a mesma companhia, Opostos, em 2010. Criou dois solos Joaquina, em 2010, e Madalena, 2011, para o grupo pré-profissional da Escola Municipal de Bailado de Ourinhos. Para a Quasar Jovem, criou o solo Volátil, para o espetáculo Segundos Movimentos, com a Quasar Jovem Cia de Dança. Em 2007, coreografou o dueto Soma para o Atelier Coreográfico do Balé Teatro Guaíra.

 

Em 2013 e 2014, ministrou aulas de dança contemporânea e improvisação para os bailarinos do Balé da Cidade de São Paulo e para alunos da Escola de Dança. Em 2010 e 2012, foi professora de balé clássico, dança contemporânea e improvisação para a Cia de Dança de Ourinhos e para turmas pré-profissionais da Escola Municipal de Bailado de Ourinhos.

 

Em 2016, foi curadora da Caixa Cultural para Análise, registro de nota e emissão de parecer técnico de projetos da área de dança, propostos aos editais de Ocupação dos Espaços Caixa e de Apoio a Festivais de Teatro e Dança, por ocasião do Programa de Patrocínios Caixa edição 2017-2018.

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