Publicado em: 22 de março de 2021
Serão 11 apresentações em formato ‘live show’ e um documentário, transmitidos na plataforma streaming Youtube; Mostra contará com shows de Andreia Dias, Toninho Carrasqueira e Heloísa Fernandes, Chico Teixeira e convidados, além de expoentes da cena musical autoral da cidade de Ubatuba, como Elizabeth Mennezes, Léo Susi Quarteto, Fuca, Thai, Banda Bicho Preguiça, Trio de Vento, Ângelo Zuim e 70’ Brasil e Ieda Terra, mais o documentário sobre o músico João Terra
A ‘Mostra Brisas Sonoras’, festival de música inédito, contemplada no edital ProAC Expresso – LEI ALDIR BLANC, realizado por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo e Governo Federal, produzida por Paraquedas Produções e Tita Nas Nuvens Produtora, ocorre entre os dias 16 e 18 de abril, com transmissão pelo canal da iniciativa no YouTube. O projeto, idealizado pelas produtoras culturais Patrícia Cabral, Caroline Garcez e Mari Rodrigues, objetiva dar luz à cena artística da cidade de Ubatuba, além de contemplar apresentações de artistas brasileiros já conceituados como o flautista Antonio Carrasqueira e a cantora Andreia Dias.
As gravações dos shows ocorrem no Teatro Municipal de Ubatuba, durante o mês de fevereiro e, após edição e mixagem, serão transmitidas em formato ‘live show’, no YouTube. Serão ao todo, onze apresentações musicais, além de um documentário sobre a trajetória profissional do músico e compositor João Terra.
Com a pandemia da Covid-19, a cena musical e artística, de modo geral, ficou severamente comprometida. Dessa forma, a ‘Mostra Brisas Sonoras’ surge com o intuito de dar visibilidade e voz aos talentos regionais, bem como democratizar o acesso à música de qualidade e incentivar a produção de trabalhos autorais. Paralelamente, a ‘Mostra Brisas Sonoras’ objetiva difundir, não só localmente, mas para além do território nacional, nomes da cena musical até então pouco conhecidos.
“Estamos muito felizes com a realização deste evento, que além de ser uma documentação audiovisual inédita da produção independente ubatubana, com recursos consistentes e profissionais qualificados, revela-se como um fortalecimento coletivo da cadeia musical, técnica e produtiva, em formato e porte nunca realizados na cidade”, comemora Patrícia Cabral, da Tita nas Nuvens Produtora, curadora e diretora geral da Mostra.
Nesse hiato de shows presenciais, em função da necessidade do isolamento social, o evento pretende amplificar o alcance desses artistas, bem como expor a diversidade de talentos.
“Apesar de Ubatuba acolher um fluxo grande de migrantes e turistas, muitos deles vindos de grandes centros, a cidade sofre com a carência de incentivo cultural. Assim, a Mostra tem uma relevância e um sentido muito amplo no que diz respeito à valorização e difusão do trabalho de artistas locais”, diz Caroline Garcez, da Paraquedas Produções, produtora executiva da Mostra.
Por fim, a ‘Mostra Brisas Sonoras’ vai revelar talentos ao grande público e ultrapassar as fronteiras do litoral, com muita diversidade musical, em um evento online e gratuito.
Mostra Brisas Sonoras nas redes:
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AS ATRAÇÕES
Toninho Carrasqueira
Flautista com vários CDs premiados e uma história de centenas de apresentações por mais de 40 países, Antonio Carlos Carrasqueira navega livre e com a mesma propriedade por universos erudito e popular, tradicional e contemporâneo. Elogiado pela crítica internacional tocando a música de Bach, Mozart, Poulenc, Villa-Lobos, Guarnieri, tem gravações dedicadas a Pixinguinha, Callado, Pattápio Silva, Maurício Carrilho, Guinga e outros mestres da música popular brasileira. Doutor em Artes pela Universidade de São Paulo, ministra master classes em universidades dos EUA, da Europa e da América Latina. É presença constante nos palcos e estúdios de gravação, junto às principais orquestras sinfônicas e ao lado de artistas de variadas tendências estéticas, como o Quarteto de Brasília, Maria José Carrasqueira, Flo Menezes, Mauricio Carrilho, Heloisa Fernandes, Egberto Gismonti, Naylor Proveta, Ivan Vilela, Marco Pereira, Marlui Miranda e Gabriel Levy, entre muitos outros.
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Heloísa Fernandes
Pianista e compositora, descrita pela crítica como “lírica e luminosa’’ (Tim Page, The Post and Courier, Charleston, USA). Com um repertório centrado em sublimes interpretações e criações instrumentais da música popular brasileira, é uma das cinco finalistas premiadas no Prêmio Visa de Música Brasileira. Tornou-se conhecida no Brasil e exterior, consolidando sua carreira por meio da pesquisa da cultura popular, que abastece as composições como fonte de inspiração. Na Mostra Brisas Sonoras, se apresentará em parceria com Toninho Carrasqueira.
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Andreia Dias
Começou sua discografia solo em 2008, com ‘VOL 1’ da trilogia intitulada inicialmente de ‘TRILOGIA DA MINHA CABEÇA’. Em 2010 lançou o ‘VOL 2’, e em 12 de janeiro de 2019, no Sesc Belenzinho, o VOL 3.
Etérea é um espetáculo intrínseco e filosófico. Da cadência do samba ao peso do rock, na pegada do berimbau e da cítara, Etérea passeia por Hermes Trismegisto, madame Blavatsky, Fernando Pessoa, Paulinho da Viola, entre outras referências poéticas humanizadas.
Andréia canta temas existenciais e metafísicos, sem esquecer a pitada de ironia política, se liberta de velhos paradigmas e solta a voz apoiada por Rovilson Pascoal no teclado guitarra cavaquinho e Michelle Abu base baterias percussão.
Tem, entre suas moradas, a cidade de Ubatuba.
https://www.andreiadias.com.
Chico Teixeira
O cantor, compositor e violonista Chico Teixeira lança o show Ciranda De Destinos, em que traz clássicos da música brasileira de diversos sotaques, bem como canções de domínio público resgatadas das regiões sul, sudeste e nordeste. Na apresentação, que tem duração de 50 minutos, Chico é acompanhado por um duo de violões formado por João Oliveira e Helton Fagundes, multi-instrumentistas e arranjadores do Vale do Paraíba/SP.
Ciranda de Destinos é também o nome do álbum de 10 faixas, produzido musicalmente pelo próprio Chico Teixeira e com participações de Yamandu Costa, Almir Sater, Roberto Mendes e Renato Teixeira. Bem como dos arranjadores João Oliveira, Maurício Novaes, Márcio Werneck e Crispin Del Cistia.
Desenvolve parcerias com diversos músicos da cidade de Ubatuba, e no show, contará com participações especiais de Carol Nogueira e Ângelo Zuim.
https://www.chicoteixeira.com.
João Terra
Músico e compositor, João Terra tem mais de 40 anos de carreira na música. Terra possui a musicalidade marcada pelo Reggae, com uma poética direcionada ao amor, união entre os povos e a defesa da vida, sem deixar de trazer um olhar crítico às ações predatórias impostas às minorias. Nos 40 anos de trajetória, muitas foram as influências que marcaram seu trabalho autoral.
Com cinco álbuns autorais e um vasto currículo de shows em todo o território brasileiro (18 Estados), percorridos e representados por pequenas, médias e grandes apresentações em formações solo ou com banda, o artista foi transmutando de João Zinho (1979), Joãozinho Terra, LP “Pé na Estrada” (1987), JoãoZinho Terra e banda Cigana, LP Ciclos do Tempo (1990), até a identidade do CD “Todas as Áfricas”(1998), quando passa a assinar João Terra, trazendo a marca pulsante do reggae em toda a sua obra, ao mesmo tempo em que dá vazão ao protesto e à cultura popular brasileira, colocando seu trabalho ao lado de grandes estandartes da MPB. Estabelecido em Ubatuba (SP), com banda e equipe de produção em plena atividade, participou de grandes eventos do município como a Festa de São Pedro Pescador e a Semana da Consciência Negra.
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Bicho Preguiça
Nascida em Ubatuba, em janeiro de 2000, a banda Bicho Preguiça foi uma das precursoras na difusão do gênero forró e suas fragmentações, em particular Baião, Xote e Maracatu, em todo cenário cultural do Litoral Norte e Vale do Paraíba. Trabalharam ininterruptamente até o ano 2008, circulando em turnê permanente nestas regiões e em cidades de costa verde fluminense e sudeste de Minas Gerais, além de inúmeros shows na capital do Rio de Janeiro. Nesse período formou-se um público fiel que sempre acompanhava o grupo nas cidades vizinhas. Esse movimento persiste até hoje com novos e antigos seguidores.
O grupo fez uma pausa em 2009, voltando à ativa em 2016. Uma grata surpresa para fãs de longa data que guardavam muitas memórias saudosas dos primeiros anos de banda em suas apresentações pela região. Com várias novas composições próprias e energia recarregada, em 2017 o grupo gravou um EP independente com 5 faixas inéditas (álbum disponível nas plataformas de streaming).
Atualmente o grupo se destaca pela consistência na cena musical local. O trabalho artístico do Bicho é totalmente focado na música popular brasileira, com especial atenção às suas influências folclóricas e regionais, além é claro, da soma do histórico de realizações e experiências pessoais de cada integrante.
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Elizabeth Mennezes
Cantora, compositora e instrumentista. Atualmente divide-se entre sua cidade de origem, Ubatuba, e Taubaté, onde estuda. No ano de 2015 começou a desenhar seu primeiro trabalho autoral, o álbum “Beiral”, com a composição de “Modinha para Gabriela”, um samba que passou a delinear e costurar as outras composições que se desdobram em samba-jazz e bossa, pensadas como cama para os toques percussivos de Terreiro, uma miscelânea que, por sua vez, vem do mesmo lugar: o canto negro e o toque negro.
“Beiral é aquela extensão do telhado que, dependendo do tamanho, pode proteger e também respingar em quem procura abrigo”. Elizabeth vê seu canto assim. Essa escrita parte de suas vulnerabilidades e ancestralidade. Algo que respinga e algo que protege. Bebe desde a infância de nomes como Gilberto Gil, Tom Jobim, Milton, Elza Soares, Baden Powell, Jards Macalé e Caetano Veloso. Disso a cantora construiu sua curiosidade e amor por Mateus Aleluia desde a formação de Os Tincoãs. Hoje, ainda que atenta aos novos artistas que chegam, está sempre acompanhada de Juçara Marçal em Padê, Tiganá Santana em Maçalê e Vida-Código e Xirê Reverb de Guga Stroeter & Orquestra HB – Canta Aloísio Menezes.
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Ieda Terra
Ieda Terra, cantora e compositora, traz referências de suas origens, o interior de São Paulo, para esse espetáculo. Suas canções passeiam por elementos fundamentais do povo do interior do Brasil, tais como a fé, a igreja e suas figuras caricatas, os cantos das rezas e novenas, as procissões, assim como a beleza natural do Brasil adentro. Reverência o homem da roça e seu labor.
Podemos imaginar que esse é um típico espetáculo musical de música do interior, com suas violas caipiras e seus ponteios. Porém, Ieda acompanhada de seu trio musical, faz uma releitura desse universo do interior do Brasil, procurando dar-lhe um novo olhar, mais moderno, mas sem perder a sua essência.
Sertão também é um espetáculo que reverencia a obra de João Guimarães Rosa, pois a cada canção e melodia, estão também permeadas e costuradas por trechos e falas de Riobaldo.
Trata-se de um show autobiográfico no sentido de que narra a história pessoal da cantora e suas origens, fazendo alusão ao Grande Sertão Veredas.
Em Sertão, Ieda estará acompanhada dos músicos: Tomás Bastos (violão), Rafael Gandolfo (Violoncelo e Rabeca) e Jonathan Andreolli (percussão).
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Fuca
Músico multi-instrumentista, compositor e arranjador, Fuca começou profissionalmente na música aos 17 anos, na cidade de Ubatuba, sua cidade de origem.
Seu modo de composição possui como característica a fusão de elementos de diversas culturas, não focando em um estilo específico. A opção por mesclar influências da música brasileira e vertentes, com a linguagem jazzística, resulta num trabalho autêntico que expressa a natureza musical do compositor.
Em seu novo projeto autoral batizado ‘Manguezal’, o ecletismo nas composições faz uma referência ao fato do manguezal ser uma zona de transição entre os ambientes marinho e terrestre, juntando diversas espécies num mesmo ambiente. “Manguezal” é a continuidade do trabalho instrumental do músico residente na cidade de Ubatuba/SP, e trará nova formação musical, com a inclusão de guitarra, baixo, bateria/percussão e piano, tornando assim os arranjos mais elétricos e “fusion”, diferente do primeiro trabalho, “Acalantos”, lançado em 2016, produzido de forma completamente independente.
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Thai
Thai artista intuitiva e independente. Há alguns anos dedica-se à música como compositora e cantora. Inspirada pelos conhecimentos ancestrais, vivências e principalmente pela natureza e seus mistérios, disponibilizou no final de 2017 seu primeiro EP autoral, intitulado “Flor de Lótus”. De lá pra cá, apresentou-se em festivais, espaços e eventos de diversas cidades, passando por estados brasileiros e alguns países sul-americanos. Durante a participação na mostra “Brisas Sonoras”, Thai, acompanhada de artistas convidados, fará um show acústico com faixas de seu EP, além de canções autorais inéditas.
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Trio de Vento
O trio, de flautas transversais, é formado por Aurora Novello, Gisele Pilz e Nívia Martiny. No repertório há diversos gêneros da música brasileira, entre eles bossa nova, choro, samba, baião, música contemporânea e música instrumental, interpretando compositores como Villa Lobos, Ernesto Nazaré, Pixinguinha, Pattapio Silva, Guerra Peixe, Tom Jobim, Jacob do Bandolim, Lea Freire, Egberto Gismonti, Hermeto Pascoal, Duda Neves e Dominguinhos, entre outros.
Na apresentação da Mostra Brisas Sonoras, o trio será acompanhado por Raphaé Prado no violão e Wanderley Alves na percussão.
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Angelo Zuim & 70’ Brasil
A banda 70′ Brasil mescla criatividade e profissionalismo em um repertório movido pelo calor da dança, do balanço da bossa, do samba, do rock e do funk. Com releituras de célebres compositores brasileiros, como Jorge Ben, Caetano Veloso, Milton Nascimento, Mutantes, Djavan, Roberto e Erasmo Carlos – e tantos outros mestres da MPB, além de canções autorais, o cantor Angelo Zuim e a experiente banda, formada por Vinicius Alves na guitarra, Rafael Furtado no contrabaixo e Marcos Carnavali na bateria.
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Léo Susi Quarteto
Leonardo Susi, baterista e percussionista brasileiro com 27 anos de experiência tocando e gravando com grandes músicos, como John Legend, Laura Figgy, DD Bridgewater, Toninho Horta, Filó Machado, Gilberto Gil, Charles Aznavour Mike Stern, Randy Brecker e Balaio Quartet.
Em 2018, sua banda Balaio lançou seu primeiro álbum com convidados especiais, como Mike Stern, Zeca Baleiro, Randy Brecker e Nils Landgren.
Na China, Leonardo trabalhou com muitos artistas locais da cena do jazz, artistas pop e programas de TV como The Voice of China, Chinese Idol, Sing My Song.
Apresentará o show “Bragilidade”, em homenagem ao mestre Gilberto Gil, e que dá nome ao seu próximo álbum, que será lançado em breve.
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Fonte: Organização “Brisas Sonoras”