Publicado em: 13 de setembro de 2018
Aldeias indígenas, centros culturais, igrejas, parques, praças e teatros de Minas Gerais e São Paulo recebem o melhor de corais, bandas e congados
O FIC 2018 homenageia os povos nativos, pilares da cultura brasileira, com participação de 160 grupos, acontecerão eventos em 60 lugares e 20 cidades, sendo aldeias indígenas, centros culturais, igrejas, parques, praças e teatros de Minas Gerais, e a Aldeia Boa Vista, em Ubatuba/SP, que serão palcos da 16ª edição do Festival Internacional de Corais, Bandas & Congados. Este ano, o evento promete o despertar da força coletiva na arte, na cultura e na sociedade por meio do canto dos corais, congados e bandas.
Com entrada franca e com o objetivo de envolver as comunidades e difundir o canto coral, o FIC já integra o calendário oficial da capital mineira, passeando pelo seu rico conjunto arquitetônico e efetivando as atividades turísticas e culturais da cidade. “Os povos nativos são os legítimos donos de nossa terra Brasil e temos uma dívida impagável. Para se ter uma ideia, há 518 anos havia mais de 1.500 povos e hoje – em todo território nacional – existem um pouco mais do que 300 nações indígenas”, comenta o maestro Lindomar Gomes, idealizador e curador do evento.
Todos os anos, o FIC conta com a participação de cerca de 150 grupos de todas as regiões do Brasil, além de atrações internacionais. Desde a primeira edição, o FIC desenvolve o fomento e a difusão da música e cultura no canto coral. No site do Festival de Corais, é disponibilizado um acervo de partituras com arranjos de diversos profissionais da música. “Costumo dizer que o arranjador é o alfaiate da música”, completa Lindomar.
http://www.festivaldecorais.com.br/index.php/arranjos/
http://www.festivaldecorais.com.br/index.php/arranjos/arranjadores/
Música Tema
A Música Tema é um ponto fundamental e tradicional do FIC. “Um diferencial que sempre fizemos questão de manter. O eterno poeta Fernando Brant escreveu diversas letras. Depois de sua partida, tivemos como sucessor o grande poeta Murilo Antunes. A composição musical sempre esteve sob a batuta do maestro e amigo Leonardo Cunha. O título deste ano é ‘SOMOS TODOS IRMÃOS’”, adianta o curador do festival.
Campanha
Neste ano, o maestro Lindomar percorreu diversas aldeias no Brasil e viu de perto toda a beleza e a riqueza da cultura indígena. Segundo ele, tão importante quanto homenagear, é também ajudar. “Nesta edição, o Festival Internacional de Corais apoiará a aldeia NAÔ XOHÃ, em São Joaquim de Bicas, da Vice Cacique e presidente da Federação Indígena Brasileira, Célia Angohoró Pataxó, A aldeia vive em dificuldades extremas. Mais de 30 indígenas, de diferentes etnias, viviam em contexto urbano ou em trânsito pelas ruas da cidade. Para voltar a viver de acordo com seus costumes e culturas, eles precisam de ajuda”, revela. A aldeia precisa de água, alimentos (cesta básica), frutas, leite, panelas grandes, roupas de cama, colchão, agasalho, lona, fraldas, materiais de construção e apoio de voluntários. A arrecadação será feita durante as apresentações do Festival.
LINDOMAR GOMES
O Maestro Lindomar Gomes é formado em Canto, Canto Gregoriano e Regência Coral pela Fundação Clóvis Salgado (Palácio das Artes). Técnico em Cultura da Secretaria de Estado de Cultura, é formado também em Arte-Educação pela UEMG e Planejamento e Gestão Cultural pela PUC Minas. Maestro do Coral Ensaio Aberto, onde desenvolve um projeto de resgate do Canto Coral voltado para composições brasileiras e do movimento musical mineiro “Clube da Esquina”. Rege também o Coral Casa Grande Infantil e Adulto. Coordenou vários festivais pelo estado como Festival de Inverno de Itabira e Festival de Verão de Pedro Leopoldo. É idealizador e coordenador do FIC Festival internacional de Corais & Bandas. Recebeu da Prefeitura de Lagoa Santa a Comenda Dr. Lund e do Governo de Minas a Medalha da Inconfidência pelos relevantes serviços prestados à cultura mineira. Recebeu recentemente em São Paulo a Comenda Carlos Gomes.
Confira a programação: